segunda-feira, 2 de março de 2020

novos tempos...

Depois de um início turbulento, 2020 apareceu com boas novas: amanhã faço perícia para assumir um cargo em um seletivo que fiz em 2018. Uma nova chance, já que no ano em que fiz esse concurso, eu estava um lixo emocional. Existindo e sobrevivendo apenas. Estou ansiosa. Preciso dormir e estou aqui tensísima. 
Queria que mami estivesse aqui. Pra.me acalmar, parabenizar...
Enfim...novos tempos. Bons tempos parecem vir.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

2019, que ano!

Último dia do ano. Uma lição que aprendi: nunca mais dizer que não dá pra ficar pior. Sempre dá. O caríssimo tio Zeca se dou no dia 11 desse mês. De repente. Passei muito tempo pensando, em como não notei, no porquê dele não ter falado da dor. Ficou uma sensação de que podia se ter feito algo, se soubéssemos como. Meu irmão disse que é normal essa sensação, mesmo quando tudo que fosse possível tenha sido feito. Poeticamente, me consola pensar que ele não aguentou muito ficar longe de sua melhor amiga, a mami. Nos últimos tempos tenho me concentrado em preencher vazio com novas e boas memórias. 
Espero que 2020 seja leve. Não é um pedido exagerado, é?

terça-feira, 13 de agosto de 2019

1 ano e meio de solidão extrema

 21 de agosto completará 1 ano e meio da partida de mamãe do plano terreno. Parece que foi ontem esse fatídico dia. Hoje, ao sair de casa pela manhã, encontrei com uma das vizinhas e ela comentou como passou rápido esse tempo e de como a dor da partida de pessoas queridas não passa.
Um pequeno conforto quando encontro pessoas que eram do nosso convívio que se preocupam tanto em saber como eu estou, como que estou lidando e tem sempre uma palavra de carinho.
Bom, porém, mesmo  com essa sorte, a solidão que sinto não passa nunca. Mais do que algo relacionado à ausência a física, sinto que minha alma vaga solitária. Um vazio que não se preenche por nada.
Eu não entendia porque minha mãe gostava de dormir com a TV ligada. Reclamava comigo quando, no meio da madrugada, eu ia no seu quarto desligar. Nesse fim de semana que passou, eu só consegui dormir com ela ligada, com o som invadindo o quarto escuro. Acho que era a forma dela se sentir menos sozinha. Nesse fim de semana, eu a entendi.
Hoje eu vivo amenizando silêncios e solidões. Hoje, se alguém tentar desligar minha TV, eu vou brigar.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Há pouco mais de 1 mês não durmo bem. Acordo com uma angústia que não passa. Corro horrores na esteira da academia pra ver se eu canso, se vem uma dose extra de serotonina, endorfina.Nada. As 5 horas diárias de sono se tornaram 3.

Normalmente não exponho meus sentimentos na internet. Mas é que eu precisava externar, admitir pra mim mesma que a morte do meu avô me afetou de um jeito que não imaginava.

Pensar sobre a finitude da vida tem sido frequente- todos os dias, pra ser mais exata. Ter a consciência de que um dia retornaremos ao pó deveria tornar as coisas mais fáceis, não? Não, ainda não cheguei nesse estado evoluído.

Pode ser que só precise dar tempo ao tempo, afinal, ainda é tudo recente. Tomara que seja só isso e que o tempo passe rápido e seja gentil porque,olha, tá bem difícil essa fase.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Sobre a falta de humildade


Quão humilde somos? Pra aceitar nossas limitações, para reconhecer que precisamos de ajuda e pedir por ela...

A impressão que tenho é que cada vez mais nos envergonhamos de dizer “eu não sei”, “eu não posso”, “eu não consigo”. E de autossuficientes vamos à prepotência em um pulo.

Desde quando desaprendemos a pedir desculpas, a querer aprender mais, a admitir que outro alguém é capaz de fazer algo melhor?

Pode parecer tolice, mas quando eu sei que tem outra pessoa que tem capacidades para realizar um trabalho que eu não possuo, não me vexo de pedir auxílio. Pelo contrário, me dá alívio em saber que, independente de mim, pode se fazer algo.

É isso. Muito simples. Se é dito “agora está bem feito”, isso não quer dizer que não se quis fazê-lo antes. Mas que no presente momento uma outra solução, com o devidos aparatos, foi encontrada. E não aceitar ajuda, não reconhecer a própria incapacidade é falta de humildade.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

flores no deserto

De toda essa experiência ruim, de quase chegar lá e , mais uma vez, bem no final, acontecer algo,uma pedra gigantesca no meio do caminho, de tudo isso, vai ficar o que é bom.
Aprender a esgotar as possibilidades. todas. Não importa o quão duro você trabalhou, o quanto de empecilhos derrubaram seu trabalho, respirar fundo- apesar da vontade de socar alguém seja mais agradável- e pensar em outras trilhas. Só depois se desesperar, mas depois de tudo isso, só vai ficar o " eu fiz tudo o que era possível. Não há espaço pra culpa".
Se dar conta do quanto você é querida, do quanto as pessoas se importam contigo, isso também vai ficar. E isso é um grande motivo para estar agradecida. Espero sinceramente poder retribuir do mesmo tanto que me senti amada.
Bom, e depois de esgotada as possibilidades...daí é hora de se apegar à fé. mas a fé de quem já conseguiu.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Quem olhará por eles/quem olhará por nós???

Dia de jogo da seleção,acordei bem cedo, mas o objetivo era a partida: fui acompanhar,juntamente com um primo, meu querido avô ao banco, para que ele pudesse receber a aposentadoria.
Chegamos bem cedo, uma meia hora antes do banco abrir as portas, e o pátio já estava ocupado por dezenas deles. Todos com vestes e um jeito bem simples,conversando animadamente,esperando dar o horário.
Descobrimos que o guarda estava distribuindo senhas, logo meu primo pegou uma pro vovô.
"Nº 1, 2,3..." e assim por diante,até chegar o 51, e eles entrarem. Enquanto isso, fiquei esperando do lado de fora, observando o movimento e as coisas que aconteciam ao meu redor.
Fiquei pensando o por quê de não haver alguém ali pra dar informações, ainda que simples àquelas senhoras que estavam ali há mais tempo que a gente(e que não tinham nem um neto nem qualquer parente que seja para lhes descobrir que estavem distribuindo senhas). É uma coisa tão pequena,mas é uma delicadeza que acho indispensável à terceira idade.
Depois foram surgindo perguntas e mais perguntas na minha cabeça: há quanto tempo aquelas senhoras/senhores se conhecem? será que se conheceram na fila? ou tem histórias parecidas? quantos deles são arrimos de família? será que os parentes(filhos/as,neto/a,etc) lhes dão alguma atenção? Quem olha por eles?
Meia hora de elocubrações depois, surgem meu primo e meu avô, este todo contente, escoltado por nós dois.
Parece que neste país, ainda vai demorar um pouco para que se veja idade avançada com sabedoria,experiência,como nos países orientais.
Daqui há alguns anos,quem vai pra fila serei eu,meu primo,e os nossos coetâneos.E quem olhará por nós? Com sorte,talvez tenhamos netos que se disponham a nos acompanhar nessas aventuras do cotidiano. Mas seria um pouco mais simples se a sociedade toda ( incluindo nosso querido sistema bancário) olhasse com mais carinho para aqueles que tanto já trabalharam para construí-la.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Falso steady state

Durante uma corrida de longa duração(uma São Silvestre,por exemplo), depois de um certo tempo,entramos numa fase de steady state, na tradução literal, estado de equilíbrio, onde o corpo, tomado pelas endorfinas e serotoninas da vida, experimenta uma sensação ótima de bem-estar, de prazer.E eis que indivíduos não treinados caem numa cilada: por conta desse bem-estar, se danam a correr mais do que podem, mas no final,morrem na praia,porque gastarm mais do que tinham, enganados que foram por aquela gostosa sensação. Não é o caso dos corredores africanos, que são bem treinados e inteligentes.
Estou numa fase da vida parecida com o steady state.
Equilibrada que estou(mas não posso dizer que estou gozando de prazer de endorfina nenhum,infelizmente!),quero correr logo,rápido,pra terminar logo essa corrida que é meu tratamento aqui em SP, e,o mais rápido possivel,voltar pra minha quente e aconchegante cidade.
No meu caso, não corro o risco de morrer na praia,mas, o desejo que termine tudo,com toda ansiedade e angústia que tem me acompanhado,podem,aliás,irão me desconcentrar do momento presente,tão importante que ele é.
Tomara que isso termine logo. A corrida e a angústia.S

quarta-feira, 3 de março de 2010

Estar perto,estando longe

Não me lembro quando foi que senti um medo,um sentimento de impotência tão grande.
Eu aqui em SP. Na outra ponta do país, em São Luis, minha familia(mãe,irmão,cunhada,sobrinho e tia), voltando de madrugada do aeroporto, tiveram o carro abalroado 2 vezes, em algo que,pela descrição da minha mãe e do meu irmão, foi uma tentativa frustrada de assalto.Graças a Deus, ficou só o susto. E nenhum ferimento grave.
Sei que, se eu estivesse lá, não poderia ter feito muito coisa,mas a angústia que senti na hora,por não estar lá, foi horrivel.
Não sosseguei enquanto não falei com cada um deles,ouvindo várias vezes a versão do fato. Isso era o que me cabia: me fazer presente de alguma forma. a outra parte,coube a Deus, que deu serenidade a eles depois do ocorrido, proteção,discernimento...coisas que eu não conseguiria.
3 dias depois,estou mais tranquila...Sei que consegui estar bem perto deles,mesmo com essa distância chata.e eles agora, estão bem perto de mim.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Every moment was so precious...

Tem coisas que eu nunca pensei que um dia fossem acontecer comigo.Envelhecer é uma delas.Quer dizer, eu até sabia que iria acontecer,mas nunca visualizei,sei lá.Pois bem. O dia em que eu visualizei isso bem foi quando fui,no fim do ano passado à uma missa e depois um almoço, comemorativo pelos 10 anos em que saí do ensino médio.10 anos!
Me senti meio que num daqueles filmes americanos,onde a turma resolve se reunir depois de anos.
Mas,ao contrário dos filmes, que sempre tem uma polêmica, aquele dia foi só festa. Confesso que no começo eu não estava muito a fim de ir,mas a ideia de estar ali só pra celebrar a vida,momentos tão felizes de uma fase tão gostosa,sem grandes compromissos e com muitos desejos,ideais...Foi um dos meus presentes de 2009,de Natal,rever amigos queridos,reais,de longa data,tão diferentes entre si,mas com um bem-querer mútuo.
Aquele momento ficou congelado.Marcado.Ficaram só as coisas boas.E deu até vontade de repetir esse encontro.
Soube que,dias depois,teve um churrasco,com a mesma turma.Eu já estava de partida,não pude ir.Mas,entrar no colégio, 10 anos depois e reencontrar essa galera...Isso já valeu,e muito.
É muito bom ser velha e nova ao mesmo tempo!!!

novos tempos...

Depois de um início turbulento, 2020 apareceu com boas novas: amanhã faço perícia para assumir um cargo em um seletivo que fiz em 2018. Uma ...