Espero que 2020 seja leve. Não é um pedido exagerado, é?
segunda-feira, 30 de dezembro de 2019
2019, que ano!
Último dia do ano. Uma lição que aprendi: nunca mais dizer que não dá pra ficar pior. Sempre dá. O caríssimo tio Zeca se dou no dia 11 desse mês. De repente. Passei muito tempo pensando, em como não notei, no porquê dele não ter falado da dor. Ficou uma sensação de que podia se ter feito algo, se soubéssemos como. Meu irmão disse que é normal essa sensação, mesmo quando tudo que fosse possível tenha sido feito. Poeticamente, me consola pensar que ele não aguentou muito ficar longe de sua melhor amiga, a mami. Nos últimos tempos tenho me concentrado em preencher vazio com novas e boas memórias.
terça-feira, 13 de agosto de 2019
1 ano e meio de solidão extrema
21 de agosto completará 1 ano e meio da partida de mamãe do plano terreno. Parece que foi ontem esse fatídico dia. Hoje, ao sair de casa pela manhã, encontrei com uma das vizinhas e ela comentou como passou rápido esse tempo e de como a dor da partida de pessoas queridas não passa.
Um pequeno conforto quando encontro pessoas que eram do nosso convívio que se preocupam tanto em saber como eu estou, como que estou lidando e tem sempre uma palavra de carinho.
Bom, porém, mesmo com essa sorte, a solidão que sinto não passa nunca. Mais do que algo relacionado à ausência a física, sinto que minha alma vaga solitária. Um vazio que não se preenche por nada.
Eu não entendia porque minha mãe gostava de dormir com a TV ligada. Reclamava comigo quando, no meio da madrugada, eu ia no seu quarto desligar. Nesse fim de semana que passou, eu só consegui dormir com ela ligada, com o som invadindo o quarto escuro. Acho que era a forma dela se sentir menos sozinha. Nesse fim de semana, eu a entendi.
Hoje eu vivo amenizando silêncios e solidões. Hoje, se alguém tentar desligar minha TV, eu vou brigar.
Um pequeno conforto quando encontro pessoas que eram do nosso convívio que se preocupam tanto em saber como eu estou, como que estou lidando e tem sempre uma palavra de carinho.
Bom, porém, mesmo com essa sorte, a solidão que sinto não passa nunca. Mais do que algo relacionado à ausência a física, sinto que minha alma vaga solitária. Um vazio que não se preenche por nada.
Eu não entendia porque minha mãe gostava de dormir com a TV ligada. Reclamava comigo quando, no meio da madrugada, eu ia no seu quarto desligar. Nesse fim de semana que passou, eu só consegui dormir com ela ligada, com o som invadindo o quarto escuro. Acho que era a forma dela se sentir menos sozinha. Nesse fim de semana, eu a entendi.
Hoje eu vivo amenizando silêncios e solidões. Hoje, se alguém tentar desligar minha TV, eu vou brigar.
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