terça-feira, 13 de agosto de 2019

1 ano e meio de solidão extrema

 21 de agosto completará 1 ano e meio da partida de mamãe do plano terreno. Parece que foi ontem esse fatídico dia. Hoje, ao sair de casa pela manhã, encontrei com uma das vizinhas e ela comentou como passou rápido esse tempo e de como a dor da partida de pessoas queridas não passa.
Um pequeno conforto quando encontro pessoas que eram do nosso convívio que se preocupam tanto em saber como eu estou, como que estou lidando e tem sempre uma palavra de carinho.
Bom, porém, mesmo  com essa sorte, a solidão que sinto não passa nunca. Mais do que algo relacionado à ausência a física, sinto que minha alma vaga solitária. Um vazio que não se preenche por nada.
Eu não entendia porque minha mãe gostava de dormir com a TV ligada. Reclamava comigo quando, no meio da madrugada, eu ia no seu quarto desligar. Nesse fim de semana que passou, eu só consegui dormir com ela ligada, com o som invadindo o quarto escuro. Acho que era a forma dela se sentir menos sozinha. Nesse fim de semana, eu a entendi.
Hoje eu vivo amenizando silêncios e solidões. Hoje, se alguém tentar desligar minha TV, eu vou brigar.

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